Dragon Ball, de
Akira Toriyama, é com certeza um nome que todos conhecem aqui no Brasil. A primeira versão animada da série foi transmitida incompleta no Brasil em
1996 pelo
SBT (somente os 60 primeiro capítulos foram ao ar), e logo em seguida o
Cartoon Network começou a transmitir a
fase Z, em
1999. A partir daí, a série se popularizou e por muito tempo foi febre nacional – a Globo que o diga, por quase 10 anos sempre convocava Goku e cia para salvar a audiência de suas manhãs.
A história gira em torno de
Goku e seus amigos, que em um primeiro momento viverão muitas aventuras cativantes e cômicas, seja para conquistar as
esferas do dragão, derrotar o ladrão
Yamcha, enfrentar o esquadrão
Red Ribbon, treinar para o duelos de artes marciais etc. A todo instante nossos protagonistas terão um novo desafio.
Pegando carona nesse sucesso, a
Conrad trouxe para o Brasil os
quadrinhos da franquia. Lançado no
Japão em
1984 e
concluído em
1995, o mangá foi lançado por aqui em
dezembro de 2000 em formato
meio-tanko (aproximadamente 100 páginas, o equivalemte a mentado do mangá japonês) e tinha periodicidade
quinzenal.
Na época, para aproveitar a exibição do anime na tv, a obra foi dividida aqui no em “
Dragon Ball” e “
Dragon Ball Z”, rendendo assim um total de
83 edições. Para se ter uma idéia do sucesso, o primeiro volume da fase Z vendeu mais de
100 mil exemplares, número astronômico considerando não apenas o mercado de mangás (que na época praticamente nem existia…), mas o de quadrinhos em geral.
Pouco tempo depois, em
2005, a mesma
Conrad voltaria a explorar a marca e resolveu relançar a obra em
Edição Definitiva (aquilo sim foi uma “edição especial”), ou, Kazenban, como é conhecido no Japão. Material extra, capítulos coloridos exclusivos, orelhas com os comentários do autor, contracapa colorida e mais de 200 páginas por edição em papel branquinho, branquinho… Um formato para ninguém botar defeito, mas isso só se ela fosse publicada por
completo. Em
2011 a editora anunciou oficialmente o
cancelamento não só da Edição Definitiva como o de todos os títulos da
Shueisha que publicava a trancos e barrancos.
Com isso, muitos colecionadores ficaram a ver navios com apenas 16 edições lançadas das 34. No mesmo ano, em dezembro, a
Panini anunciou a aquisição de
Dragon Ball,
One Piece e outros.
Depois de meses de espera, Goku e cia voltaram às bancas, mas
o formato infelizmente seria outro, tirando a esperança daqueles que esperavam a continuidade da edição definitiva pela editora.
Tankobon, tamanho 13,7 x 20 cm, aproximadamente 192 páginas por edição em
42 volumes no total que serão lançados
mensalmente se tudo ocorrer como o previsto pela editora.
O título desta vez não trouxe nada de especial, mas é uma nova oportunidade para colecionar a série do zero. Com o volume #2 indo para as bancas este mês, trago desta vez uma análise da versão Panini de Dragon Ball, me baseando na primeira edição.
Diferente de
One Piece,
Dragon Ball trouxe uma capa
muito fiel a original japonesa. A primeira publicação pela Conrad trazia a imagem de capa de algum capítulo da edição, já que um volume era dividido em dois na primeira vez em que foi publicado. Temos também
contracapa colorida com comentários tecidos pelo autor no primeiro volume encadernado de Dragon Ball no japão.
Um acabamento realmente muito bonito. De início nota-se algumas páginas sombreadas que seriam as coloridas do mangá. Porém, nem mesmo o volume japonês as trouxe dessa forma. As páginas coloridas saíram apenas na revista semanal
Shounen Jump e no
Kazenban (edição definitiva) . Nada que atrapalhe a leitura.
Outro ponto positivo é que a Panini não irá censurar o mangá – o que na realidade não é nada mais que a obrigação da editora. Em várias páginas é possível ver nossa querida
Bulma da
maneira que veio ao mundo. Quando Dragon Ball foi lançado em 2000 pela Conrad, a alegação era de que não era adequado mostrar esse tipo de conteúdo para a faixa que consumia o produto (?!).
No capítulo 6,
Oolong se transforma em uma espécie de
Robô gigante, que expressa o que está sentindo com um Kanji no peito. A todo instante em que o Kanji muda e a Panini traz logo abaixo do quadro o novo significado. Quando o
Mestre Kame se apresenta pela primeira vez para Goku e Bulma, diz algumas palavras em
inglês, que vem traduzidas logo abaixo,
no mesmo balão, em
português.
O primeiro volume traz os 11 primeiros capítulos do mangá. A lombada desta edição dá início a uma imagem que será composta com o alinhamento das edições seguintes. Nesta temos um pedaço do Oolong.
Concluindo a edição, a Panini nos traz a coleção de capas dos capítulos e a
seção de perguntas e respostas do 1°volume japonês da obra, além de um glossário de
3 páginas não só com termos (que vem juntamente com o número da página onde foram mencionados), como também a explicação de algumas situações que aconteceram no decorrer do mangá, como o
sangramento nasal do Mestre Kame.
Conclusão: Vale sim a aquisição. A Panini fez um trabalho
muito bom. Uma pena não trazer as páginas coloridas do material, mas isso provavelmente só poderia ser feito se a editora adotasse a mesma linha da antiga edição definitiva da Conrad, tendo em vista que até os japas ficaram com páginas sombreadas no encadernado original de lá.
Essa é uma oportunidade de colecionar o material em seu formato original e sem censura. Se tudo der certo, em outubro de 2015 você poderá estar concluindo sua coleção. =D
Ficha Técnica
Título: Dragon Ball
Autor: Akira Toryama
Formato: 13,7 x 20 cm, 192 páginas
Duração: 42 volumes
Preço: R$10,90
Demográfico: Shounen
P.S.: Se vc quiser ver como sera provavelmente a imagem da lombada quando ela estver completa, entre nesse site: http://zatsu-gaku.com/images/dragonball3.jpg